11 de setembro


- Há três anos atrás, mais ou menos nesse horário, eu estava calmamente sentada na frente do meu computador, escrevendo a minha dissertação e lendo as notícias na Internet, enquanto esperava para ir para a aula às 09:30. Eis que, de repente, uma notícia forte e estranha aparece no Terra: a informação de que um avião teria batido em um prédio em NY. Eu achei aquilo absurdamente bizarro, não consegui acreditar. A notícia não dizia direito o que tinha acontecido, nem que prédio, nem que avião. Fui ver se tinha algo na TV e nada. Achei que tinha sido um erro. Dali a alguns minutos, mais outra informação: a notícia confusa de que outro avião tinha batido. Daí eu comecei a me preocupar. Esqueçi da aula e fui procurar em outros veículos e descobri que as torres gêmeas tinham sido atingidas. Depois a notícia de que tinha caído outro avião no Pentágono. Dali a uns 15 minutos, entra a Globo ao vivo transmitindo os atentados e dizendo que mais um avião tinha caído numa zona desabitada. Eu começo a ter uma idéia da dimensão da tragédia. Todo mundo na minha casa ficou estarrecido. Todo mundo grudou na frente da televisão, ainda sem acreditar no que via. Quando as torres caíram, foi uma comoção gigante. Parecia a terceira guerra mundial. Todo mundo ligou para pais, amigos, irmãos e namorados. Ao mesmo tempo, a internet estava caótica. Milhares de mensagens de pessoas que simplesmente não acreditavam. Os sites de notícias viraram fóruns de pessoas desesperadas procurando parentes. Todo mundo estava assustado, confuso, sem acreditar. Foi um dia ruim. Mas foi um dia para lembrar. Um dia para lembrar da intolerância, da burrice e do egoísmo humanos. Infelizmente.