Um pouco offline: Drops de Quarta


Estou com muito trabalho e em meio a várias coisas e não consegui atualizar o blog direito esta semana. Então vão alguns drops de coisas que acho muito legais e que merecem a leitura:

# Ontem eu deveria ter feito a conferência de abertura do Ciber.comunica 4.0, em Salvador, a convite dos professores Claudio Manoel e Marcello Medeiros. Acontece que, quando cheguei em São Paulo (metade da viagem), ao meio dia, descobri que minha conexão a Salvador tinha sido cancelada. Aliás, todos os vôos que iam de algum lugar para Salvador também tinham. Fui procurar alguma informação e me disseram que era um "problema meteorológico". Fui procurar via Twitter (#chuva e #salvador) e descobri que Salvador estava no caos e que as chuvas causaram problemas muito sérios na cidade, inclusive a suspensão das aulas na universidade onde eu iria palestrar. Fui procurar nos jornais online e nada de informações do caos em Salvador. Foi apenas com o Twitter que consegui perceber o quão ruim estava a situação por lá. Depois, hoje, consegui ler ainda o excelente post que o André fez sobre como o Twitter "afogou" a mídia tradicional em Salvador.

# Saiu mais uma edição da revista First Monday. Na edição deste mês, vários trabalhos muito legais. Os que achei excelentes:

# O Henry Jenkins começou uma seqüência de posts no blog discutindo o que é aprendizado em uma cultura participatória. Vale acompanhar, pois merece a discussão do "que é aprendizado numa cultura de redes".

# Ontem também pipocaram informações a respeito de uma possível aquisição do Twitter pela Apple. Vários me perguntaram o que eu achava. Acho improvável pois o Evan e o Biz já fizeram suficientemente claro, inúmeras vezes, que não pretendem vender a nenhum preço a companhia agora.

# A Lada Adamic publicou um paper incrivelmente legal com outros dois autores (Eytan Bakshy e Brian Karrer)falando da difusão de gestos no Second Life, mostrando que a maior parte dessas trocas (são pacotes que são trocados entre os usuários) aconteciam entre amigos (círculo social próximo) e dentro dos grupos sociais que tendiam a exibir os mesmos gestos. O que tem tudo a ver com um artigo antigo onde eu discuti que informações que fazem mais sentido "social", ou seja, cujo capital social está focado no relacional tendem a se difundir mais entre os grupos sociais no grafo. Este é mais um tema apaixonante de pesquisa. :-)